10 Verdades sobre castigos Infantis que você precisa Conhecer...

Quando observados com olhos imparciais, os problemas são apenas testes de campo para comprovar nossa acuidade criativa...
“Um dos paradoxos humanos é compreender a natureza do seu Ego, que ora finge ser bondoso para angariar méritos, e logo mais é capaz de fingir que nada recebeu com a intenção de não compartilhar os méritos que lhe foram concedidos...”
10 Verdades sobre castigos Infantis que você precisa Conhecer
Um castigo que não seja ao mesmo tempo educativo e disciplinador, trata-se apenas de mais um deformador do caráter...







Avaliando a Questão...

Em primeiro lugar, um comportamento infantil indesejável, raramente é espontâneo. Isso quer dizer que esse mau hábito não nasceu como parte integrante e inata da genética daquela criança. São sempre inspirações herdadas ou assimiladas a partir da própria mesologia, seja no ambiente doméstico, ou de convivência mais ampla do seu portador.

Outro ponto que julgamos importante são as atitudes dos adultos em relação aos indisciplinados, uma vez que a reação imediata são os ineficazes gritos, ou os castigos, posturas punitivas que ao invés de educar deseducam. E não são raros os casos onde o pequeno infrator, além de não se corrigir, se corrompe ainda mais. Isso acaba por criar um verdadeiro círculo vicioso, onde o educador agora se torna co-autor naquele processo de acentuação de uma deformação comportamental já existente na personalidade da criança problemática.
Por isso mesmo, saber castigar, quer dizer orientar, é preciso. Não basta ter boa intenção, é necessário conhecer uma técnica que além de educar seja incapaz de criar traumas e servir de combustível para a geração de mais problemas. Lembre-se: O castigo deve ter sempre como objetivo o esclarecimento cognitivo, de modo que a criança se conscientize de forma lúdica, didática e prática, da falha pessoal a ser reparada.

Não existe a Criança Burra, apenas imatura. Logo, exceto nos casos onde exista uma demência evidente, ou quando sua idade seja inferior a três anos, ela já é capaz de compreender o que é errado ou certo. Mas antes disso irá precisar de um adulto consciente e disposto a informá-la sobre estas coisas.

Eis a seguir uma pequena lista de dicas, abordagens educativas, que embora tenham aparência de castigos, poderão se tornar eficientes práticas lúdicas e cognitivas na formação de uma personalidade infantil sadia. O objetivo das orientações é ajudar a corrigir os comportamentos patológicos, condutas que se desprezadas poderão evoluir para a delinquência juvenil e adulta.

Claro que as dicas poderão ser ampliadas ou adaptadas para cada caso.


Eis as Dicas...
  • Se não quiser que a criança brigue com seu irmão, oriente para que ela faça exatamente o que você deseja. Por isso deverá dizer: “Cuide bem do seu irmão.” Para uma criança, o “não pise na grama” é um convite à prática da infração. Já a expressão: “Pise fora do gramado”, também funciona como um convite à prática do procedimento desejado.
  • O tradicional castigo onde o pequeno infrator é colocado sentado em um local do qual não poderá se ausentar por um período de tempo, este, embora ainda largamente aplicado, é dos mais ineficazes. Ali não há o sentimento de punição, e em pouco tempo a criança adquire resistência, e ainda não muda de atitude.
  • Para que o castigo seja eficaz é preciso que a criança tenha a certeza de que vai perder alguma coisa, a exemplo de uma conquista ou privilégio que já possui. O castigo do cativeiro não representa uma perda de fato, mas apenas a privação temporária de sua liberdade, que lhe será devolvida tão logo o tempo de reclusão acabe. Por isso tem um efeito apenas simbólico, mas sem nenhuma eficácia educativa, disciplinadora ou corretiva.
  • E o único castigo positivo é o corretivo. E corretivo quer dizer didático, esclarecedor, aquele capaz de acrescentar alguma coisa à cognição da criança; algo que seja verdadeiramente útil à construção de sua personalidade. Não se enquadrando nessa condição, de nada servirá. Lembre-se, o castigo não é uma punição, e sim uma forma inteligente de ensinar alguma coisa para aqueles dissidentes ou rebeldes cujo modo de assimilação difere da forma de aprendizagem convencional.
  • E como a intenção do castigo é forçar a criança a prestar atenção a uma orientação ou informação útil, o processo só terá o êxito pretendido se ela tiver receio de perder algum benefício concreto que já possui. Pode ser a limitação do tempo de uso do computador ou da televisão. Assim, suspender o uso do equipamento por algumas horas ou por um dia inteiro, sem anistias ou concessões parciais, é uma boa prática. Importante também é explicar os motivos, assim como os benefícios da postura correta.
  • Privá-la de brincar com os amigos ou de assistir seus vídeos preferidos, e em casos mais extremos, até de comer sua sobremesa favorita, também tem seu valor didático. Com criatividade podemos ampliar a lista de “punições” cognitivas para uma infinidade de procedimentos e sem provocar grandes traumas. Por exemplo, se a criança insiste em jogar a roupa suja fora do cesto, não a terá limpa para uso, e assim por diante.
  • Importante também é cuidar para que aquilo não pareça um ato de vingança pessoal e sem motivos. Devemos ainda ficar atentos para os casos onde, entre irmãos, diante de uma mesma infração, penas diferenciadas são atribuídas. Numa situação dessa natureza, o efeito ao invés de educativo se tornará negativo, e tende a criar revolta e antagonismos dentro do ambiente doméstico.
  • Esclarecer de forma clara e convincente sobre os motivos do castigo ou ensinamento, e o mais importante, numa linguagem que a criança seja capaz de compreender, faz parte desse processo pedagógico. Histórias pessoais ou fábulas edificantes poderão ser usadas como exemplos. Se coloque no lugar de cobaia relatando episódios de sua vida pessoal como ilustrações cognitivas. No exemplo pessoal, não aconselhamos o modelo comparativo, onde outra criança é usada como referência ou espelho de boa conduta ou o seu inverso.
  • Lembre-se, a criança problemática já convive com conflitos pessoais sérios, muitos deles relacionados com a autoestima, e a comparação tende a acentuar ainda mais seu quadro psicopatológico. Por outro lado, esclarecer sobre as possíveis consequências de um ato negativo, se possível através de exemplos, tem grande valor. Mas, nada se compara com os esclarecimentos, também exemplificados, sobre os eventuais benéficos e desdobramentos de um ato positivo.
  • Outro ponto importante: não devemos cair na armadilha de confundir com castigo as obrigações e deveres naturais de cada um, tais como, arrumar a própria cama, escovar os dentes, cuidar do asseio pessoal, ajudar em pequenas tarefas domésticas, ou acordar cedo para ir à escola. Se agirmos dessa forma, por reflexo estamos ensinando à criança que o ato de cumprir com os deveres necessários e obrigatórios ao seu próprio bem estar representa um castigo, ou uma espécie de calvário.
E, afinal de contas, como devemos proceder no dia a dia?
A melhor prevenção ainda é o exemplo pessoal edificante. Uma criança passível de ser castigada já é uma criança cheia de vícios e manias, atributos negativos que absorveu de alguma fonte, e na maioria das vezes, dentro de sua própria casa.


Explique o motivo da punição ou ensinamento, assim como as consequências ou benefícios para o infrator. Sem consequências não existe castigo educativo. Seja firme e fique ciente de que, caso venha a fazer concessões em relação a alguma punição, sua autoridade como disciplinador terá chegado ao fim. Seja firme, mas não estúpido. Se agir com gentileza demonstrando sua frustração, empatia e consternação com o evento, a criança vai entender claramente a mensagem.

Por fim...

Finalmente, não se limite aos conselhos que acaba de aprender. Use sua própria imaginação e criatividade no exercício de sua pauta disciplinadora ou magistério doméstico. Afinal de contas, o centro de convivência caseira ainda é o melhor ambiente para se educar sem traumatizar ou provocar transtornos sérios de comportamento.

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